Na verdade, o cálculo do Imposto de Renda é muito simples. Na maioria dos casos, é possível estimar se você vai precisar pagar imposto na declaração anual. Entretanto, antes disso, é preciso entender o que é o Imposto de Renda em si.
Como você já sabe, esse imposto é uma forma de arrecadação do governo ligada à renda dos contribuintes brasileiros. Tanto o salário quanto outros rendimentos que a pessoa física possa ter tido, como venda de imóveis, herança, doações e investimentos, por exemplo, são verificados pela Receita Federal.
O órgão também checa os possíveis gastos que você teve e que podem ser deduzidos, ou seja, subtraídos do imposto a pagar, como despesas com educação e saúde.
Também existem algumas situações, ao longo do ano, em que você já está pagando o Imposto de Renda, como é o caso do IRRF, o Imposto de Renda Retido na Fonte, que vai aparecer descontado na sua folha de pagamento caso receba acima de R$ 1.903,98 por mês.
A Receita Federal precisa da sua declaração para avaliar tudo isso, seus rendimentos, despesas e imposto já pago, para entender quanto você já pagou e quanto ainda deve pagar. Ela faz um cruzamento desses dados e, se entender que você pagou mais do que devia, devolve esse valor em forma de restituição.
Se entender que você ainda deve, você vai precisar pagar Imposto de Renda. Simples, não é mesmo?
Como é calculado o Imposto de Renda
Nunca esqueça que a declaração anual não leva em consideração apenas o seu salário, mas todos os rendimentos que você teve durante o ano, como os já citados acima e outros, como indenização trabalhista e aluguel recebidos.
Você precisa somar todos esses rendimentos e, desse valor, subtrair as possíveis deduções. É importante ressaltar que esse cálculo das deduções varia muito, porque existem muitos itens que podem ser incluídos para dedução no IR, mas o valor gasto com eles pode não representar exatamente o desconto que você vai ter.
Existe um limite máximo de dedução para diversos tipos de gastos, bem como uma lista com as despesas que não são aceitas.
No site da Receita Federal você pode simular o imposto a ser pago conforme seus rendimentos e despesas. Para isso, tenha o informe de rendimentos das suas contas bancárias e investimentos em mãos, além dos recibos comprovando os gastos.
Só assim poderá fazer uma simulação mais próxima da realidade, até porque nunca devemos declarar algo sem recibos e comprovantes, pois o Leão pode solicitar depois.
Seus rendimentos do ano menos os descontos são, portanto, a base de cálculo usada pela Receita Federal. Essa base de cálculo considera apenas seus rendimentos tributáveis já deduzidos.
Quanto maior for a base, maior será o percentual aplicado sobre ela. O limite máximo é de 27,5%:
Tabela do Imposto de Renda 2021 - anual
Basicamente, o que o Leão faz com a sua declaração é pegar o total de rendimentos que você ganhou, checar os gastos dedutíveis de todo o ano e analisar com o que já foi recolhido de IRRF em cada mês.
Inclusive, dependendo da quantidade de deduções que você tiver, pode valer a pena selecionar um tipo específico de declaração, completa ou simplificada. O próprio programa do governo já testa diferentes cenários e informa qual tipo de declaração é ideal para o seu caso.
Como calcular a restituição do Imposto de Renda
Sendo assim, a restituição vai ser sempre o valor que a Receita Federal entende que sobrou no cruzamento de dados e deve ser devolvido a você, seja porque já pagou mais IRRF do que o imposto devido, ou porque teve deduções suficientes para ter o dinheiro de volta.
Se houver restituição a receber, você entrará em fila de restituição, o que pode ser verificado no portal e-CAC, e aí basta esperar pelos lotes do governo, que são distribuídos em cinco meses, para receber o valor na conta bancária informada na declaração.
Você também pode consultar sua restituição pelo site da Leoa ou antecipar a sua restituição, se desejar.
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